domingo, 26 de junho de 2016

Com Som Aberto, a universidade estará aberta de verdade?


Usar o espaço público para cultura numa proposta inclusiva e aberta a todos não deveria ser algo raro. No último sábado (25) a praça cívica se inundou de música, comidas, artesanatos, artes de todas as formas, roupas, pessoas e história; foi realizado o Som Aberto.

O Som Aberto é um dos movimentos artísticos e culturais mais marcantes da história da Universidade Federal de Juiz de Fora. Em meio à falta de espaço, democracia, cultura e liberdade de expressão imposta pela ditadura, um grupo de alunos resolve se reunir para encher o espaço da universidade com música nos dias de sábado. Como bem disse o próprio site da universidade na última semana “Liberdade, criatividade e contestação são palavras-chave para definir o projeto informal dos estudantes da UFJF que transformou a vida cultural do Campus e da cidade nos anos 1970, evoluindo pela década como uma inspirada alternativa para a revelação de talentos musicais, sem esquecer outras áreas como literatura, dança, teatro e pintura.* Este projeto foi idealizado “por um grupo de universitários liderados pelo então presidente do DCE, Ivan Barbosa”. A "primeira edição aconteceu em uma manhã de outubro de 1974, com apresentação da banda A Pá no anfiteatro do antigo Instituto de Ciências Biológicas e Geociências (ICBG). O sucesso foi tanto, que os eventos seguintes reuniram não apenas os alunos da UFJF, mas secundaristas que queriam participar de um movimento cultural promissor em um tempo de opções limitadas pela força da ditadura na cidade-sede da 4ª Região Militar.”*

Esta nova edição aconteceu das 14h às 21h na praça cívica da universidade com muita animação, contou com a presença da banda A Pá (a mesma que se apresentou no primeiro Som Aberto) para encerrar a noite e deixou o “gosto de quero mais” com a afirmação de que haverá mais uma edição no próximo mês. 

Reconhecemos o esforço de todos na preparação deste evento, inclusive a procult por ter trago de volta o Som Aberto; estão todos de parabéns! Que haja muitas mais vezes, e cada vez mais engajado. 

Uma universidade com eventos culturais que perpassem os seus muros deve acontecer!

Cabe destacar também que é de fundamental importância a colaboração de todos para que este tipo de evento ocorra e seja democrático, inclusive a de um DCE que além de representativo paute a importância da cultura e utilização do espaço público para todos.


*Estas informações foram tiradas deste link, clique caso queira saber um pouco mais da história do projeto.

Foto e vídeo: Mariana Magalhães.
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